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João Fins
Revisto por João Fins
João Fins

Licenciado em Economia e com experiência em finanças pessoais. Como redator no Portal do Crédito, tenho a missão de ajudar esclarecer as dúvidas mais comuns dos nossos leitores, no que aos diferentes tipos de crédito diz respeito.

O Que Acontece Se Não Pagar Um Crédito Pessoal?

Quando contratamos um crédito procuramos definir uma mensalidade equilibrada tendo em conta o nosso orçamento mensal atual. Contudo, poderão existir contratempos que podem complicar este nosso compromisso.

Deste modo, importa saber o que acontece se não pagar um crédito pessoal dentro dos prazos contratados com a instituição financeira.

Assim, neste artigo vamos indicar algumas formas de contratar um crédito pessoal saudável, quais as consequências de falhar uma mensalidade e o que fazer em caso de incumprimento para voltar a ter as contas em dia.

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Quando procuramos contratar um crédito, seja ele um empréstimo urgente ou um crédito automóvel, temos de avaliar o impacto que este vai ter no nosso dia a dia.

Logo, sempre que procurar obter um financiamento aconselhamos as pessoas a primeiramente calcular a taxa de esforço mensal para ajudar a estabelecer a mensalidade mais saudável para as suas contas.

Por exemplo, imagine que um casal tem um rendimento agregado de 1.800 € líquidos, paga uma renda de 500 € pela sua habitação e pretende contratar um crédito ao consumo no valor de 8.000 €.

Qual será a mensalidade ideal?

Prazo de PagamentoMensalidadeMTICTaxa de Esforço
84 Meses131,41 €11.359,24 €35,06%
60 Meses167,27 €10.357,00 €37,06%
48 Meses197,49 €9.800,32 €38,72%
Exemplo ilustrativo retirado do simulador online do Credibom

Como pode ver, apesar do crédito ficar mais caro com prazos de pagamento mais alargados, a mensalidade vai ficar mais em conta, o que representa uma taxa de esforço mais saudável.

Deste modo, quanto mais baixa for a mensalidade menor será o risco de deixar de pagar um crédito pessoal.

As instituições financeiras dificilmente irão aprovar um crédito com uma taxa de esforço igual ou superior a 40%.

Outro ponto importante é a contratação de um seguro de proteção de crédito. O seguro não é obrigatório e pode representar um custo mensal significativo, todavia dependendo das coberturas, poderá salvá-lo de problemas maiores.

Falamos de casos como o desemprego e a invalidez temporária ou permanente.

Por fim, aconselhamos a fazer simulações em várias instituições até encontrar o crédito pessoal mais barato do mercado face às suas necessidades. Quanto mais simulações, maior a probabilidade de encontrar uma boa proposta.

No entanto, por muitos cuidados que possamos ter, existe sempre a possibilidade de encontrarmos contratempos que nos façam ter dificuldades em continuar a pagar as dívidas contraídas.

Por isso, é importa agora saber o que acontece se não pagar um crédito pessoal.

artigo "O Que acontece se não pagar um crédito pessoal"

Independentemente do valor em dívida, o não cumprimento do contrato com uma dada instituição financeira irá trazer consequências negativas para o consumidor.

Quando um cliente entra em incumprimento e deixa de pagar o crédito pessoal este fica sujeito a penalizações no momento de saldar os valores em atraso com a instituição.

A estas penalizações chamamos juros de mora que à data da publicação do Decreto-Lei n.º 58/2013, de 8 de maio, se fixa em 3%. Valor que incide sobre as prestações em mora e eventuais encargos.

Falamos de encargos como a comissão de serviços de processamento por não pagamento na data de vencimento num montante mínimo de 12 € e um máximo de 150 € + despesas ou encargos suportados pelo banco perante terceiros.

Quando algum consumidor solicita um determinado crédito acima de 50 € a uma instituição financeira registada no Banco de Portugal, o seu nome irá constar na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC) do próprio Banco de Portugal.

Esta base de dados é atualizada mensalmente e informa todo o histórico de crédito individual dos consumidores.

Logo, se entrar em incumprimento com alguma instituição, esta irá comunicar a situação ao Banco de Portugal e o seu nome passará a constar na Lista Negra do Banco de Portugal.

O histórico de crédito comunicado pelas entidades ao BdP é guardado durante um prazo de 10 anos.

Quando entra nesta lista a primeira consequência de não pagar um crédito pessoal é a impossibilidade de solicitar legalmente novos créditos em qualquer instituição em Portugal que seja regulada pelo BdP.

Caso o cliente tenha pelo menos duas prestações em mora consecutivas que excedam em 10% o valor do montante total do crédito, a instituição bancária terá o direito de terminar o contrato de crédito por incumprimento definitivo.

Outro procedimento legal será a utilização de eventuais garantias ou fiadores a favor da instituição.

Ou seja, por exemplo, se estivermos a falar de um crédito automóvel com reserva de propriedade, existe uma grande probabilidade de ficar sem o veículo.

Por fim, realçar que caso a situação vá para os tribunais poderá também ter o seu ordenado parcialmente penhorado.

Segundo o artigo 738º do Código Civil apenas podem ser penhorados 1/3 dos seus rendimentos líquidos.

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Se já tem um ou mais créditos no seu nome e está com dificuldades em pagar as suas dívidas todos os meses, então saiba que existem algumas alternativas ao seu dispor como uma consolidação e uma renegociação de dívidas.

Se prevê que possa falhar o pagamento de uma determinada prestação ou se já falhou o seu pagamento, poderá entrar em contacto com a instituição e solicitar uma reavaliação ao contrato.

Apesar da instituição não ser obrigada a mudar o contrato, poderá ser acordado numa nova mensalidade ou taxas de juro mais baixas.

Não se esqueça que nunca será do interesse da instituição que o cliente deixe de pagar o crédito contraído.

Esta solução cada vez mais popular permite juntar todas as suas dívidas num único contrato com novas condições, entre as quais prazos de pagamento mais alargados por forma a baixar os encargos até 60% daquilo que paga atualmente.

Claro que quanto maior for o prazo de pagamento mais caro irá ficar o pagamento das dívidas, todavia irá diminuir significativamente o risco de incumprimento e aumentar a sua qualidade de vida.

Por exemplo, se tiver um cartão de crédito com dívida e um crédito pessoal para pagar, mesmo que em entidades diferentes, poderá solicitar uma consolidação numa outra instituição.

Pode parecer algo complicado, todavia é um contrato pouco burocrático que pode ser concluído em poucos dias úteis.

Quer saber mais sobre esta solução? Leia o nosso artigo sobre os Melhores Créditos Consolidados.

Se não consegue pagar um crédito pessoal, já se encontra em incumprimento e precisa de ajuda financeira para pagar as suas dívidas, então deverá procurar obter informações e aconselhamento (gratuito) mediante mecanismos de apoio ao cliente bancário.

O PERSI (Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento) foi oficializado em 2013 e visa ajudar as pessoas na mediação de soluções viáveis entre os clientes e bancos.

A iniciativa cabe à instituição financeira que compete ativar esta plataforma de entendimento caso aconteça uma das seguintes situações:

  • 1. Quando o cliente informar que está em risco de não cumprir com a mensalidade;
  • 2. Quando o faltoso se atrasar na liquidação das prestações, desde que tenha já avisado o credor para o risco de não conseguir pagar;
  • 3. Entre o 31.º e o 60.º dia após o consumidor entrar em situação de incumprimento.

Poderá também utilizar a RACE (Rede de Apoio ao Cliente Bancário) composta por várias entidades extrajudiciais que aconselham e ajudam os clientes bancários em incumprimento de forma gratuita.

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Infelizmente com a situação económica atual, existem cada vez mais razões para um cliente bancário entrar em incumprimento com uma entidade financeira. Neste sentido, se somente está em risco, aconselhamos vivamente a tentar resolver a situação antes fique com dívidas por pagar.

Principalmente quando as dívidas são relativas a cartões de crédito – tipo de crédito ao consumo onde as taxas de juro são mais elevadas – podem chegar aos 17,4%.

Sabia Que:

Devido à situação atual do mercado, segundo o Banco de Portugal, existe um risco cada vez maior de incumprimento no caso dos créditos à habitação.

Como pode ter visto anteriormente, a partir do momento que não paga o crédito dentro dos prazos estabelecidos irá pagar juros de mora e outras comissões que poderão dificultar ainda mais a sua vida.

Pedir um segundo crédito para pagar o primeiro, apesar de possível, normalmente não é uma solução financeiramente responsável.

Daí um crédito consolidado entre empréstimos pessoais ou mesmo um crédito consolidado com hipoteca (juntar ao crédito habitação) serem alternativas a ter em conta.

Por fim, se já se encontra em incumprimento e não consegue pagar o crédito pessoal, poderá negociar um acordo viável com a instituição em causa o quanto antes para não deixar escalar ainda mais a situação de endividamento.

Perguntas e Respostas

O que acontece se não pagar um crédito pessoal?

Se um cliente bancário não pagar um crédito o seu nome irá passar a constar na Lista Negra do Banco de Portugal. Além disso, terá de pagar juros de mora pelo valor em atraso, ficará impedido de solicitar novos créditos e em último caso pode perder parte do seu salário.

Como evitar deixar de pagar um crédito pessoal?

Se o cliente bancário sente que está em risco de entrar em incumprimento com uma dada instituição financeira, deverá entrar em contacto com esta e renegociar o contrato atual. Caso tenha mais que um crédito, fazer uma consolidação de créditos pode também ser uma solução para baixar consideravelmente os encargos mensais.