O crédito habitação em Portugal tem registado um aumento ligeiro no custo dos financiamentos. Embora o impacto nas prestações mensais seja ainda limitado, foi impulsionado pela evolução da Euribor acima de 2% e por ajustes dos bancos às suas condições de empréstimo,
Euribor em alta e reação dos bancos
Nos últimos meses, as médias mensais da Euribor principal índice de referência para crédito habitação a taxa variável subiram ligeiramente:
- a 12 meses a aproximar se de 2,217%
- a 6 meses a 2,131%.
Há indicações de que a Euribor poderá continuar a crescer em dezembro.
Apesar do Banco Central Europeu manter os juros diretores sem alterações por várias reuniões consecutivas, os bancos portugueses responderam a este cenário através de ligeiros aumentos no custo do financiamento. O que reflete um aperto dos critérios de crédito para empréstimos imobiliários.
Impacto nas prestações e Perspetivas para 2026
Segundo especialistas, a subida da Euribor e os ajustes de preço implementados pela banca tiveram até agora um impacto modesto nas prestações mensais. Mesmo com as taxas a subir, muitos mutuários conseguem absorver estes aumentos sem alterações drásticas no orçamento familiar.
As perspetivas para 2026 apontam para estabilidade ou pequenas oscilações nas taxas de juro, sem grandes alterações na política monetária do BCE, o que poderá manter a Euribor relativamente estável ou em ligeira descida no médio prazo.
Em simulações para um crédito habitação de 150.000€, com prazo de 30 anos e spread de 0,7%, uma redução moderada da Euribor poderia levar a ligeiras descidas nas prestações mensais.
Tendências no mercado
No contexto atual, os bancos podem mostrar maior seletividade na concessão de crédito, privilegiando clientes com perfis de risco mais sólidos em vez de competir apenas por spreads mais baixos.
Paralelamente, há um movimento entre mutuários que procuram alternativas às taxas variáveis ao fim do período inicial de contrato, como taxas mistas que oferecem mais segurança face às flutuações da Euribor.