O Banco Central Europeu revelou que a taxa de poupança bruta das famílias da Zona Euro manteve-se estável em 15,2% no segundo trimestre de 2025, face ao trimestre anterior.
Este valor reflete um ponto de equilíbrio entre consumo e reserva de capital, após várias oscilações nos trimestres passados. O BCE destaca que, mesmo com o aumento do custo de vida, muitas famílias continuam a privilegiar a poupança em detrimento do consumo.
Apesar da estabilidade nas poupanças, os empréstimos às famílias aceleraram: a taxa de crescimento dos créditos para particulares subiu para 2% no trimestre, face a 1,7% no período anterior.
Em Portugal, o nível de endividamento também aumentou, sobretudo no crédito à habitação.
O rácio “dívida/rendimento” das famílias europeias desceu para 81,5%, comparando com 83,1% no mesmo período de 2024. Isso indica que o rendimento disponível está a crescer mais rapidamente do que a dívida.
Paradoxalmente, esta evolução surge num momento em que muitos cidadãos continuam a recorrer a crédito para financiar projetos pessoais, como a compra de casa ou o investimento em educação.
Em Portugal, a taxa de poupança familiar subiu para 12,6%, mas o endividamento registou o maior avanço dos últimos 15 anos.
O cenário atual evidencia a importância de planear bem as finanças pessoais e de avaliar, com prudência, as diferentes formas de financiamento disponíveis no mercado. Fatores como juros, prazos e garantias fazem toda a diferença na gestão do equilíbrio económico das famílias.