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Rafaela Guerra
Escrito por Rafaela Guerra

Licenciada em Contabilidade e Administração, sou especialista em gestão financeira e marketing. Procuro ajudar os leitores a acompanhar a atualidade e a melhorar a sua literacia financeira.

Emigração jovem atinge valor mais alto em quase uma década

Emigração jovem atinge valor mais alto em quase uma década

O número de emigrantes jovens em Portugal foi, no ano passado, o mais alto em quase uma década.

Segundo dados oficiais, estima-se que tenham emigrado 19.700 jovens entre os 15 e os 34 anos em 2024, um valor próximo do registado em 2016.

Entre 2014 e 2020, o fluxo de saída tinha vindo a diminuir, passando de 27.500 jovens para 13.600. No entanto, após a pandemia, a tendência inverteu-se: em 2021 partiram 14.200, em 2022 subiram para 17.300, e em 2023 o número continuou a crescer.

De acordo com o Banco de Portugal, quase um quinto dos jovens nascidos em Portugal entre os 25 e 34 anos estava emigrado em 2021.

Estes dados confirmam que Portugal volta a enfrentar uma forte vaga de emigração jovem, motivada por razões económicas, salariais e pela procura de melhores condições e custo de vida.

Este fenómeno tem também impacto no mercado financeiro. Com menos jovens no país, há menor procura de habitação e de crédito para consumo ou investimento.

Ao mesmo tempo, cresce o número de portugueses que procuram soluções de crédito fora de fronteiras, para comprar casa ou financiar estudos noutros países europeus.

Com um tecido jovem cada vez mais global, as instituições financeiras enfrentam o desafio de adaptar produtos e políticas a novas realidades. A ligação entre emigração e crédito mostra-se, assim, inevitável num contexto onde as oportunidades ultrapassam fronteiras e o acesso a financiamento acompanha essa mudança.