O Governo vai voltar a permitir a candidatura ao apoio para compra de eletrodomésticos no âmbito do programa E-Lar a partir do dia 11 de dezembro. Desta vez, o orçamento sobe para 60.8 milhões de euros, valor superior aos 51.5 milhões previstos no início de novembro e mais do dobro dos 30 milhões alocados na fase inicial.
Este apoio destina se a famílias que querem substituir fogões, fornos e esquentadores a gás por equipamentos elétricos de classe energética A ou superior. As candidaturas devem ser feitas no portal do Fundo Ambiental e todos os interessados têm de submeter novamente o pedido, mesmo quem tenha concorrido na primeira fase.
De acordo com dados oficiais, apesar de terem sido validadas 21.662 candidaturas na primeira fase, apenas 7.255 vouchers foram utilizados. Este número representa cerca de 17.3 milhões de euros de um total de 30 milhões disponíveis. Do montante ativado, 3.063 vouchers foram utilizados por consumidores com tarifa social de energia e 4.192 por famílias da classe média sem apoio social.
Para esta segunda fase existe uma novidade importante. As famílias com tarifa social passam a ter o vale alargado para incluir também a selagem do sistema de gás e a ligação elétrica dos novos equipamentos. O objetivo é facilitar a transição energética e reduzir a pobreza energética em vários agregados.
Apesar do reforço financeiro, o programa continua a enfrentar críticas. Muitos beneficiários sem apoio social têm de pagar o IVA e os custos de instalação, o que pode desmotivar a adesão. Alguns pedidos submetidos anteriormente serão novamente analisados devido à falta de confirmação de contratos de eletricidade ativos, o que levou à rejeição de várias candidaturas.
A reabertura do programa E-Lar torna se relevante para quem pretende trocar equipamentos a gás por alternativas elétricas mais eficientes. Esta opção pode também influenciar a gestão do crédito familiar, sobretudo quando os custos iniciais são avaliados em conjunto com a poupança energética futura. Termos como eficiência, modernização da habitação e apoio financeiro surgem cada vez mais ligados às decisões sobre financiamento doméstico, já que a substituição de equipamentos pode exigir planeamento e reorganização do orçamento.
Com esta nova ronda de candidaturas, o Estado pretende chegar a mais famílias e responder ao elevado interesse demonstrado na etapa anterior. O aumento das verbas e a inclusão de novas despesas elegíveis mostram o compromisso em promover habitações mais seguras, modernas e energeticamente sustentável.