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O vice-presidente do Banco Central Europeu (BCE), Luis de Guindos, alertou que a atual regulação da habitação pode estar a influenciar negativamente a oferta de casas para arrendar.
Segundo o responsável, observa-se uma contradição: os preços dos imóveis aumentaram de forma substantiva, mas a retoma da construção civil ainda não se verifica com a intensidade esperada.
Sublinhou que o grande problema não reside tanto no mercado de compra de imóveis, mas sobretudo no mercado de arrendamento, onde as rendas estão em subida. Afirmou que “é muito importante analisar as regulamentações atuais, porque talvez estejamos a prejudicar a oferta de habitação no mercado de arrendamento”.
O economista explicou que a recuperação do consumo das famílias, que se esperava após a descida da inflação e melhoria do rendimento disponível, “não está a ocorrer ao ritmo previsto”.
Este atraso pode estar ligado, segundo ele, a fatores como a falta de confiança, o risco geopolítico e a situação do mercado imobiliário.
No entanto, o BCE mantém uma postura ligeiramente otimista em relação ao crescimento económico da zona euro. O crescimento do PIB no terceiro trimestre foi de 0,2%. Quanto à inflação, a convergência para a meta de 2% é o cenário base.
A ligação entre este tema da oferta de arrendamento e o universo do crédito à habitação torna-se relevante para quem procura pedir financiamento ou avalia taxas de juro.
As condições de acesso ao crédito podem ser afetadas pela saúde do mercado de arrendamento e pelas normas que regulam a habitação. Um aumento constante das rendas pode reduzir a capacidade de endividamento das famílias, o que por sua vez influencia o volume de empréstimos concedidos.
Este alerta lançado pelo BCE conduz à reflexão sobre como a regulação da habitação e o mercado imobiliário se cruzam com o crédito e com a estabilidade do setor habitacional.
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