Banca recusa aumento salarial de 5,7% e apresenta contraproposta de 1,5%

As instituições bancárias rejeitaram a proposta sindical que previa um aumento salarial de 5,7% em 2026, contrapondo apenas 1,5%.

A decisão gerou descontentamento entre os trabalhadores do setor financeiro, que consideram a oferta insuficiente face ao aumento do custo de vida.

Os sindicatos ligados à UGT e a outras estruturas do setor apresentaram um conjunto de 20 reivindicações, incluindo compensações para reformados e trabalhadores ativos. No entanto, segundo as estruturas sindicais, muitas das propostas foram rejeitadas sem discussão.

A banca justifica a sua posição com a necessidade de manter estabilidade financeira e controlar custos operacionais, num contexto de taxas de juro ainda elevadas e margens reduzidas.

Este impasse tem impacto que vai além das relações laborais. O equilíbrio financeiro das instituições influencia diretamente as condições oferecidas aos consumidores, sobretudo no acesso ao crédito. Um aumento de custos salariais pode refletir-se em taxas mais altas ou na revisão das condições de empréstimos pessoais e habitação.

Assim, a evolução deste processo negocial poderá ter efeitos não só nos rendimentos dos trabalhadores bancários, mas também na vida de milhares de famílias portuguesas que dependem de financiamento. Manter a confiança no setor é essencial para garantir um mercado de crédito estável e acessível a todos.