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João Fins
Revisto por João Fins
João Fins

Licenciado em Economia e com experiência em finanças pessoais. Como redator no Portal do Crédito, tenho a missão de ajudar esclarecer as dúvidas mais comuns dos nossos leitores, no que aos diferentes tipos de crédito diz respeito.

MTIC: O Que é e Como Calcular?

Se pensa solicitar um empréstimo, saiba que existem diversos pontos de análise que deverá compreender antes de avançar para a sua contratualização.

Um desses principais pontos é o MTIC. Uma sigla, que lhe vai permitir encontrar o crédito mais barato para a sua carteira.

Neste artigo, vamos dizer-lhe o que significa, o que a engloba, qual a sua importância na análise de um empréstimo e que fatores a fazem oscilar.

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O MTIC representa o Montante Total Imputado ao Consumidor e é o valor final que o cliente terá de pagar à entidade financeira, no caso de uma solicitação de crédito.

Por outras palavras, é o custo total de um crédito.

MTIC = Montante do Crédito + Custos do Crédito

O MTIC, sendo o custo final, irá englobar todas as despesas que terá ao longo do prazo de pagamento que definiu com a entidade.

Assim, esta sigla incorpora:

Vamos a um exemplo.

Consideremos que vai pedir um crédito pessoal no montante de 12.000 €, com um prazo de pagamento de 5 anos (60 meses).

Fazendo as contas, se o MTIC a pagar por este empréstimo for de 15.299,12 €, isto significa que o banco emprestou-lhe 12.000 €, e que os 3.291,12 € que irá pagar a mais, são relativos a juros e outros encargos.

Como já referido, o MTIC corresponde à soma do montante total do empréstimo (capital) mais os custos associados ao crédito (juros, comissões bancárias, impostos e outros encargos).

Este calculo é feito automaticamente pelas entidades, pelo que o cliente não necessita de fazer as contas.

O MTIC é indicado na informação pré-contratual que lhe é fornecida pela instituição financeira, nomeadamente:

  • Ficha de Informação Normalizada (FIN) – no caso do crédito aos consumidores. Constará da secção referente ao “Custo do Crédito” e também na área do Plano Financeiro do Empréstimo;
  • Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE) – no caso do crédito à habitação e de outros créditos garantidos por hipoteca. Constará na secção “Principais características do empréstimo”, no campo “Montante total a reembolsar”;
  • Campanhas Publicitárias – esta informação é também referida em todas as campanhas publicitárias que indiquem uma taxa de juro ou outros valores relativos ao custo do crédito.

Além do MTIC, deve procurar na FIN as seguintes informações:

  • TAEG e TAN;
  • Comissões, despesas, seguros exigidos e outros custos;
  • Montante do empréstimo;
  • Periodicidade e o montante das prestações;
  • Informação sobre os produtos e serviços financeiros contratados, se for aplicável;
  • Direitos de revogação entre outros.

A análise a estas outras informações também é crucial para poder assinar um contrato informado dos seus direitos e deveres.

Por isso é que, nós, no Portal do Crédito, aconselhamos sempre a que os nossos leitores recorram, a instituições certificadas pelo Banco de Portugal!

Se tiver dúvidas sobre quais são, consulte a lista de entidades registadas.

O custo total de um crédito, tende a variar conforme oscilações nas taxas de juro, comissões e demais encargos. Ora, essas alterações são provocadas por diversos fatores:

  • Montante Solicitado;
  • Prazo de Pagamento;
  • Tipo de Crédito;
  • Perfil de Risco do Cliente;
  • Subscrição de Produtos Financeiros.

Deste modo, para uma pessoa saber qual a entidade que lhe fornece o crédito mais barato, terá de avaliar o MTIC.

Assim, com esta sigla de extrema importância, irá poder comparar quais as propostas mais baratas do mercado.

Nota: não confunda uma mensalidade baixa com um bom crédito!

Por muito que o valor da mensalidade seja um dos elementos a considerar para gerir o seu orçamento mensal – e já agora para não agravar a taxa de esforço – é o MTIC que indicará verdadeiramente quanto custará o crédito no final.

Ter uma prestação mais baixa não é sinonimo de ter um crédito mais barato.

Poderá ter de pagar taxas, comissões e encargos que não estão incluídos na mensalidade e que no final fazem com que o MTIC, o verdadeiro custo do crédito, seja mais caro que noutras propostas.

Porém, muitas entidades fazem campanhas a promover uma mensalidade mais baixa para atrair novos clientes a adquirir o seu crédito. Por isso, analise sempre ao pormenor todas as propostas.

Outro ponto importante é o prazo de pagamento do seu crédito.

Quanto maior o prazo de pagamento, maior será o custo do crédito.

Vamos a um exemplo?

Imagine que um cliente procura um financiamento no valor de 10.000 € para renovar as suas duas casas de banho.

Todavia, está na dúvida sobre qual o prazo de pagamento ideal para pagar a sua dívida. É preferível 48, 60 ou 84 meses?

Prazo PagamentoTANTAEGPrestaçãoMTIC
48 meses6,70%8,70%239,32 €11.751,36 €
60 meses7,85%9,70%203,53 €12.475,80 €
84 meses8,35%10,0%159,27 €13.642,68 €
Exemplo ilustrativo utilizando o simulador do Cetelem

Neste exemplo, meramente ilustrativo, temos três prazos de pagamento diferentes para um crédito pessoal.

Se olharmos para a prestação mensal destes créditos, podemos ter a tendência de afirmar que o crédito mais barato é o que tem um prazo de pagamento de 84 meses – por ter a prestação mensal mais baixa.

No entanto, como estaríamos a pagar o crédito durante mais tempo, o valor total a pagar em juros seria muito superior.

Logo, neste exemplo, o crédito mais barato é o que tem o prazo de pagamento menor e uma prestação maior. Aqui, o custo do crédito em juros e demais taxas e comissões seria de 1.751,36 €, muito inferior aos 3.642,68 € da proposta dos 84 meses.

Todavia, uma prestação muito elevada pode gerar dificuldades para um dado agregado familiar suportar mensalmente.

Logo, se vir que a prestação é demasiado alta para o seu orçamento mensal, pode e deve optar por um prazo de pagamento maior.

Esta será sempre uma melhor opção que entrar em incumprimento com uma entidade financeira.

Encontre o seu ponto de equilíbrio.

Assim, aconselhamos os nossos leitores a calcular a prestação mensal dispostos a pagar, e com base nesses valores, procurar o crédito que tenha o Montante Total Imputado ao Consumidor inferior (calcular a minha taxa de esforço mensal).

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É preciso também ter em conta que, em certos casos, o MTIC pode ser um valor variável.

Ou seja, por exemplo, se solicitar um crédito habitação com uma taxa variável ou mista, a entidade irá indicar o MTIC do empréstimo caso essa taxa se mantenha igual até ao final do contrato.

No entanto, sendo variável, estará aberta a oscilações causadas pelas taxas Euribor e pelo Spread, consequentemente.

Estes valores irão fazer com que a TAEG suba ou desça a cada 3, 6 ou 12 meses (conforme o contrato acordado), influenciando assim o MTIC final do seu crédito.

Se, por outro lado, escolher uma taxa fixa, então o MTIC contratado irá indicar sempre o custo total do empréstimo.

Se procura um financiamento rápido, habitação, ou qualquer outro género de crédito, para saber qual será o custo do mesmo, terá de olhar para o Montante Total Imputado ao Consumidor.

Esse valor servirá de base para saber, tendo em conta as suas necessidades, qual é o crédito mais barato para a sua carteira.

Os valores são obrigatoriamente calculados e mostrados ao cliente em qualquer simulação e proposta solicitada.

São demonstrados na FIN, um documento onde poderá ver todos os custos associados ao crédito, desde comissões, a impostos, taxas de juro e outros dados extremamente importantes, devendo ser lido antes de assinar qualquer contrato.

O MTIC deve ser usado como referência quando comparamos propostas de várias entidades.

Este indicador é fundamental, uma vez que, as entidades como forma de promoção dos seus serviços, tendem a promover descontos na TAN, que, na prática, não significam um crédito mais barato.

Perguntas Frequentes

O que é o MTIC?

O MTIC significa Montante Total Imputado ao Consumidor e indica o custo total que um cliente terá de pagar pelo empréstimo solicitado.

Como calcular o MTIC?

O MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) é calculado automaticamente pelas entidades financeiras aquando de uma simulação de crédito.

Onde posso encontrar o MTIC de um crédito?

O MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) de um crédito pode ser encontrado:

  • Na Ficha de Informação Normalizada (FIN) – no caso do crédito aos consumidores. Constará da secção referente ao “Custo do Crédito” e também na área do Plano Financeiro do Empréstimo;
  • Na Ficha de Informação Normalizada Europeia (FINE), no caso do crédito à habitação e de outros créditos garantidos por hipoteca. Constará na secção “Principais características do empréstimo”, no campo “Montante total a reembolsar”;
  • É também referida em todas as campanhas publicitárias que indiquem uma taxa de juro ou outros valores relativos ao custo do crédito.

Qual a Importância do MTIC?

O MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) permite saber quanto um cliente irá gastar pela contratualização de um crédito. Desta forma, pode comparar propostas de diversas entidades e avaliar qual o crédito mais barato.

Qual o MTIC mais baixo do mercado?

O MTIC (Montante Total Imputado ao Consumidor) mais baixo de mercado irá depender de diversos fatores como:

  • Montante Solicitado
  • Prazo de Pagamento
  • Tipo de Crédito
  • Entidade Escolhida
  • Perfil de Risco de um Cliente
  • Subscrição de Produtos Financeiros