No mês de agosto, foram celebrados 2.100 contratos com garantia pública, num total de 416 milhões de euros. Esses correspondem a 45,5% dos contratos e 47,0% do valor contratado entre jovens até 35 anos naquele mês.
Porém, comparando com julho, houve uma queda de 14,7% no número de contratos e 12,9% no montante.
Além da evolução mensal, também se destacam diferenças regionais. No Alentejo e na Lezíria do Tejo, mais de metade dos contratos realizados por jovens contaram com a garantia do Estado. Já na Grande Lisboa e na Madeira, essa proporção ronda um terço do total.
Recentemente, o Governo aprovou um aumento de 350 milhões de euros para este regime de garantia pública, elevando o teto para 1.550 milhões de euros.
A garantia permite que o Estado atue como fiador até 15% do valor da transação, facilitando que jovens obtenham 100% do valor da avaliação da casa, ultrapassando o limite habitual de 90% admitido nos créditos convencionais.
Podem beneficiar pessoas entre 18 e 35 anos que comprem a primeira habitação até 450.000€. É ainda exigido que não sejam proprietários de outros imóveis e que o rendimento anual coletável não ultrapasse 81.000€.
Num cenário de preços elevados, esta medida procura dar maior estabilidade a quem inicia vida independente. A garantia pública funciona como um apoio adicional para tornar o financiamento mais acessível.