Lisboa e Porto começam a perder espaço no mapa de interesse dos estrangeiros que procuram casa em Portugal. A procura tem vindo a deslocar-se para outras regiões, onde os preços são mais competitivos e as condições de financiamento surgem como fator decisivo.
Dados recentes mostram que áreas como Madeira, Faro, São Miguel e Viana do Castelo registaram mais de 30% das visitas online a anúncios de imóveis feitas a partir do estrangeiro. Já Lisboa, Porto, Évora e Setúbal ficaram abaixo dos 15%.
Em paralelo, a lista de nacionalidades que mais procuram viver em Portugal continua liderada por franceses, britânicos, alemães, suíços e espanhóis. Nos últimos meses, também os norte-americanos ganharam destaque, escolhendo várias zonas do país para investir.
Esta mudança geográfica poderá refletir-se no crédito à habitação. O custo de vida mais baixo em regiões fora dos grandes centros leva alguns bancos a ajustarem as condições de avaliação e as exigências de financiamento. Para muitos compradores estrangeiros, o acesso a empréstimos equilibrados é parte essencial da decisão.
Com as taxas de juro ainda a pesar no orçamento familiar, comparar simulações de financiamento tornou-se um passo quase obrigatório para quem pretende comprar casa em Portugal. Plataformas especializadas permitem analisar diferentes cenários e ajudam a perceber a melhor forma de avançar.
Especialistas do setor sublinham que a redistribuição do investimento poderá consolidar-se nos próximos anos. Se os preços continuarem a subir nas grandes cidades, a procura por regiões emergentes deve ganhar força.
O mercado imobiliário português pode, assim, entrar numa nova fase, em que a escolha do destino depende tanto da localização como da capacidade de obter crédito ajustado às necessidades de cada comprador.