O investimento em habitação para arrendamento continua a ser uma das opções mais procuradas em Portugal, embora o retorno mostre sinais de abrandamento.
No terceiro trimestre de 2025, a rentabilidade média situou-se nos 6,9%, ligeiramente abaixo dos 7,2% registados um ano antes. A descida é discreta, mas revela uma tendência de estabilização num mercado cada vez mais competitivo e sensível às variações económicas.
Alguns distritos, contudo, mantêm margens mais vantajosas. Castelo Branco lidera com 9,0%, seguido por Bragança (8,0%) e Coimbra (6,7%). Já nas grandes cidades, como Lisboa e Porto, o retorno tende a ser menor devido ao aumento dos preços de compra e à escassez de oferta.
Esta diferença regional evidencia a importância de analisar bem o local antes de avançar com qualquer investimento.
O estudo avaliou ainda outros tipos de imóveis. As lojas registam a rentabilidade mais elevada, com 8,1%, ligeiramente acima dos escritórios (8,0%). As garagens, por sua vez, oferecem um retorno mais modesto, de 5,2%.
Apesar das variações, os imóveis comerciais continuam a ser vistos como uma alternativa sólida, sobretudo por investidores que procuram diversificar o portefólio.
Com o Governo a aplicar um IVA reduzido de 6% na construção de imóveis destinados a arrendamento, até 2.300€, o setor ganha algum incentivo. No entanto, especialistas sublinham que o sucesso do investimento depende cada vez mais de uma gestão equilibrada entre custos, risco e tempo de retorno.
Antes de investir, é importante analisar todos os custos e riscos envolvidos. Além do preço de compra, devem ser considerados impostos, manutenção e possíveis períodos sem rendimentos.
Para muitos investidores, recorrer a crédito consolidado ou crédito pessoal é uma forma de viabilizar a compra de imóveis para arrendamento.
Comparar diferentes opções de financiamento e calcular o impacto das prestações no retorno líquido ajuda a tomar decisões mais seguras e a garantir que o investimento seja sustentável a longo prazo.