Longe vão os dias em que a taxa variável dominava os pedidos de crédito para compra de casa. Dados do Banco de Portugal mostram que, em 2024, a taxa mista passou a ser a mais escolhida pelos portugueses, representando mais de 70% das novas operações de crédito habitação.
O pico aconteceu em agosto de 2024, com 79,58% dos novos contratos a terem taxa mista.
Ao contrário da taxa variável, que está sujeita às oscilações da Euribor durante todo o contrato, a taxa mista oferece a fixação da taxa de juro durante um período de tempo pré-definido e só depois passa a variável.
Durante vários anos, a taxa variável era a principal escolha nos contratos de crédito habitação. Entre 2018 e o primeiro semestre de 2023, por exemplo, esta opção representava, em média, mais de 80% dos pedidos.
Contudo, a subida da Euribor, em 2023, veio alterar o cenário e, desde então, houve uma mudança de paradigma, com a taxa variável a representar, em média, apenas 37,29% dos novos contratos.
Ao longo do tempo, a taxa fixa foi a opção que teve sempre uma expressão meramente residual, oscilando entre 3% e 7% do total de crédito habitação concedido.